Quando nossos ombros passam a nos enviar sinais de desconforto, limitação de movimento e dor intensa, é possível que estejamos lidando com uma condição conhecida como capsulite adesiva, também chamada de ombro congelado.
Embora não seja tão conhecida quanto outras condições ortopédicas, a capsulite adesiva é uma condição dolorosa e limitante que afeta a articulação do ombro. Venham com a Atria entender melhor as suas causas, sintomas, tratamentos e outros aspectos relevantes dessa condição.
O que é a Capsulite Adesiva?
A capsulite adesiva é uma condição médica que afeta a cápsula articular do ombro, que é um tecido que envolve a articulação e a mantém estável. Essa cápsula tende a encurtar e espessar, restringindo consideravelmente os movimentos do ombro.
A condição geralmente evolui ao longo de três fases:
1 – A fase dolorosa, na qual surge a dor com a progressiva limitação dos movimentos do ombro de forma gradual, chamada fase inflamatória.
2 – A fase de congelamento, quando os movimentos já estão bem limitados.
3 – A fase de descongelamento ou da restauração dos movimentos do ombro, também lenta e progressiva. Esse processo pode levar de seis meses até cerca de dois anos ou mais.
SINTOMAS
Os sintomas da capsulite adesiva podem variar em intensidade e duração, mas geralmente incluem:
– Dor intensa: a dor é um sintoma primário da capsulite adesiva e pode ser constante, especialmente à noite, afetando a qualidade do sono.
– Limitação de movimento: um dos sintomas mais característicos é a dificuldade em mover o braço afetado. Levantar o braço acima da cabeça, alcançar objetos e realizar movimentos rotacionais também se torna doloroso e difícil.
– Rigidez: o ombro afetado pode ficar rígido, resultando em uma sensação de incapacidade de mover a articulação livremente.
CAUSAS
As causas exatas da capsulite adesiva ainda não são completamente compreendidas, mas existem fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento dessa condição. Entre eles podemos citar:
Idade e Gênero: pessoas com idades entre 40 e 60 anos parecem ter um risco maior de desenvolver a capsulite adesiva. Além disso, mulheres parecem ser mais propensas a desenvolver essa condição do que homens.
Lesões ou Cirurgias Anteriores: lesões no ombro ou cirurgias anteriores podem aumentar o risco de desenvolvimento da capsulite adesiva.
Condições Médicas: diabetes, doenças da tireoide e doenças cardíacas estão associadas a um risco aumentado de desenvolver a condição.
TRATAMENTO
O tratamento da capsulite adesiva visa aliviar a dor, melhorar a amplitude de movimento e restaurar a função do ombro. As abordagens podem variar com base na fase da condição e na gravidade dos sintomas:
Fase Dolorosa: Nesta fase, o foco é no alívio da dor. Isso pode envolver o repouso de atividades, uso de analgésicos e anti-inflamatórios ou mesmo bloqueios anestésicos
Fase de Congelamento: durante esta fase, medidas para melhorar a amplitude de movimento são essenciais. A fisioterapia desempenha um papel crucial, com exercícios de alongamento e fortalecimento sendo prescritos para evitar uma maior limitação de movimento.
Fase de Descongelamento: à medida que a amplitude de movimento melhora, o foco permanece na fisioterapia, mas exercícios mais intensos são introduzidos para ajudar a restaurar a função normal do ombro.
Casos Graves: em casos graves e resistentes a tratamentos conservadores, a cirurgia, podem ser considerada.
OUTROS ASPECTOS RELEVANTES DA CAPSULITE ADESIVA
- A paciência é fundamental no tratamento da capsulite adesiva, pois a recuperação geralmente é gradual ao longo de vários meses.
- A fisioterapia é um pilar do tratamento, fornecendo orientação sobre exercícios adequados e seguros para a condição.
- A prevenção não é totalmente possível, mas manter um estilo de vida saudável, controlar condições médicas subjacentes e evitar lesões no ombro pode ajudar a reduzir o risco.
Em conclusão, a capsulite adesiva é uma condição que merece atenção devido à sua natureza limitante e dolorosa. Se você está experimentando dor no ombro, limitação de movimento e rigidez, é fundamental buscar orientação médica.
O diagnóstico precoce e um plano de tratamento adequado podem ajudar a aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, permitindo que você retome suas atividades cotidianas de maneira mais confortável e funcional.
